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Agência Minas Gerais | Fundação Hemominas faz 40 anos conectando doadores e pacientes em uma rede de esperança

Aos 14 anos, Heber Júnior sobrevive graças a transfusões de sangue feitas a cada 21 dias. Diagnosticado com anemia falciforme ao nascer, ele é atendido pela Fundação Hemominas desde os primeiros dias de vida.

 








 
 
   
   

 

A mensagem expressa a gratidão de mais de 10 mil pacientes atendidos anualmente pela Hemominas, que, no dia 23/6, completa 40 anos de história e compromisso com a vida. Reconhecida nacional e internacionalmente, a fundação celebra quatro décadas de avanços científicos, gestão eficiente e, principalmente, solidariedade.

 








 
 
   
   

 

Luciana Karla Soares, doadora há mais de 20 anos, foi a escolhida para receber a carta de agradecimento de Heber em nome de todos os doadores mineiros. Emocionada, ela define a doação como um ato de amor contínuo: “Já doei até no meu aniversário. É meu presente. Saber que faço parte dessa história é gratificante”, diz.

Quatro décadas de cuidado e impacto

 


Heber Júnior

Foto: Adair Gomes / Hemominas

Desde sua criação, em 1985, a Fundação Hemominas já contabiliza mais de 10,5 milhões de comparecimentos para doação, que resultaram em mais de 8 milhões de doações efetivadas.

Foram produzidos 21,8 milhões de hemocomponentes, realizadas 11,9 milhões de transfusões, 2,1 milhões de consultas médicas e 143 milhões de exames laboratoriais.

Com 21 unidades fixas e 18 Postos Avançados de Coleta Externa (Pace) espalhados por Minas Gerais, a fundação atende mais de 90% da demanda transfusional da rede pública estadual, alcançando diretamente ou indiretamente 832 municípios.

Entre 2018 e 2025, os Pace contabilizaram mais de 152 mil doadores, reforçando o compromisso da Hemominas com a descentralização do acesso e a segurança transfusional.

Inovação e reconhecimento internacional

Referência na área de hematologia e hemoterapia, a Hemominas também se destaca em inovação. Entre as principais iniciativas científicas e tecnológicas estão:

  • Técnica de Inativação de Patógenos (TRP): reduz o risco de transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya por transfusão.
  • Patient Blood Management (PBM): protocolo que otimiza o uso de sangue, garantindo mais segurança e eficiência.
  • Centro de Tecidos Biológicos (Cetebio): responsável pela coleta e processamento de células-tronco para transplantes de medula óssea.
  • Cocaptadora, assistente virtual: sistema de inteligência artificial que amplia o engajamento de doadores via WhatsApp, telefone e e-mail. 

“A Hemominas sempre uniu ciência e humanização. Nosso trabalho é salvar vidas, mas também acolher, ouvir, cuidar de cada pessoa que passa por nossas unidades”, afirma Junia Cioffi. “A inovação faz parte do nosso cotidiano, mas nunca perdemos de vista o compromisso com o ser humano”.

Meta: 3% da população como doadora regular

A Fundação Hemominas mira agora um novo desafio: atingir 3% da população mineira como doadora regular. O percentual é o ideal recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir segurança transfusional nos sistemas públicos.

Para isso, campanhas de mobilização, modernização do atendimento e ações em redes sociais vêm sendo intensificadas em 2025. O chamado é claro: quem já doou, doe de novo. Quem nunca doou, comece agora.

Compromisso com o futuro

Ao completar 40 anos, a Hemominas reforça seu papel como elo entre solidariedade e ciência. A cada doação, histórias como a de Heber se renovam.

“Quero ser jogador de futebol e motorista de aplicativo. Gosto muito de carros!”, diz o menino, com o brilho de quem acredita em um futuro possível graças à generosidade de pessoas que ele nunca viu, mas que já mudaram sua vida para sempre.