Estação Cabo Branco abre exposição inspirada nos poemas de Juca Pontes, nesta sexta-feira
A Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, localizada no bairro do Altiplano, em João Pessoa, divulgou a programação cultural para o mês de novembro, com destaque para a abertura da exposição “Pedra Poema: Entre Pedras, Poesia e Sons”, inspirada na obra do poeta Juca Pontes. O espaço é mantido pela Prefeitura de João Pessoa, por meio da Secretaria de Educação e Cultura (Sedec), e se consolida como um dos principais centros de arte, ciência e cultura da Capital paraibana.
A nova mostra, que será inaugurada nesta sexta-feira (7), às 16h, reúne os artistas Jacira Garcia, Gonzaga Costa e Yuri Gonzaga, sob a curadoria de Ilson Moraes. O projeto propõe um diálogo entre cerâmica, pintura e música, tendo como inspiração a Pedra do Ingá, importante patrimônio arqueológico da Paraíba. O título da exposição faz referência ao livro “Itacoatiara”, de Juca Pontes, cuja poesia serviu de ponto de partida para o trabalho coletivo.
Juca Pontes foi jornalista, escritor, editor e um dos poetas mais brilhantes da Paraíba, além de um destacado ativista cultural. Foi um dos fundadores da Confraria Sol das Letras, grupo que promove encontros literários regulares na Academia Paraibana de Letras, e manteve parcerias com fotógrafos como João Lobo e Gustavo Moura, além de colaborações com o artista plástico Flávio Tavares. Sua trajetória, marcada pela integração entre literatura e artes visuais, inspira a essência da exposição “Pedra Poema”, que convida o público a um mergulho poético nas conexões entre palavra, som e matéria.
Outras exposições – Além da nova mostra, a Estação Cabo Branco abriga uma série de exposições internas, com destaque para:
- “Respirando Underwater”, do coletivo Masonn (parte da Temporada França-Brasil 2025);
- “Existência (In)visível”, resultado da residência artística Resisto;
- “Brincadeiras de Criança”, de Analice Uchôa;
- “Ad Ventum”, de Teresa Palma Rodrigues;
- “Da Rua, Correntezas”, de Guto Oca;
- “Cores Extremas”, de Petrônio Bendito;
- “Atávica Chama”, de Sidney Azevedo.
A visita à Estação Cabo Branco inclui ainda o acesso ao seu acervo permanente, composto por obras de grandes nomes das artes plásticas. Entre os destaques estão:
- “No Reinado do Sol” e o “Espaço Flávio Tavares”, dedicados ao renomado artista paraibano Flávio Tavares;
- Acervo pessoal da Estação Cabo Branco, com diversos artistas;
- “Mulher: Objeto de Repouso”, de Abelardo da Hora;
- “Mar de Grisi”, de Luciano Grisi;
- “Sinergia”, de Sidney Azevedo;
- “Vida”, de Eulâmpio Neto;
- “Cavalo Marinho”, mural de Wilson Figueiredo e Percy Fragoso, inspirado em uma xilogravura de José Costa Leite;
- “Guardiã da Cidade”, de Evanice Santos;
- “Varanda de Rede”, de Chico Pereira, uma obra em alusão à renda de bilro, especialmente encomendada por Oscar Niemeyer, arquiteto responsável pelo projeto da Estação Cabo Branco.
Beleza arquitetônica – Com arquitetura imponente, mirante, anfiteatro e espaços expositivos internos e externos, a Estação Cabo Branco reafirma seu papel como espaço público de democratização da cultura, oferecendo acesso gratuito e uma programação diversificada ao longo de todo o ano.
O local é um dos principais destinos de turismo cultural em João Pessoa, atraindo visitantes interessados em arte, ciência e na beleza arquitetônica projetada por Niemeyer.
Serviço:
Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes
João Cirilo da Silva, s/n – Altiplano, João Pessoa-PB
Funcionamento: terça a sexta, das 9h às 18h; sábados e domingos, das 10h às 18h; fechada às segundas-feiras.
Entrada gratuita
