Fábrica Cultural leva 11 marcas pretas para o Afro Fashion Day – Jornal Correio

Tem parceria preta fechada: o Afro Fashion Day fechou um acordo com a Fábrica Cultural, organização social fundada em 2004, em Salvador, pela cantora e ativista Margareth Menezes, que tem como eixos estratégicos educação, cultura e sustentabilidade. 

A parceria vai levar 11 marcas de acessórios contempladas no Acelera Iaô, programa realizado pela Fábrica Cultural que fomenta o trabalho de empreendimentos negros baianos por meio do apoio, qualificação e aceleração dos negócios criativos, para a passarela mais preta do Brasil no próximo sábado (19), no Centro Histórico.

As marcas escolhidas são Cravo & Canela, Diva Black, Negra Lu, Ateliê Grapiúna, Ouromin, Ayoka Acessórios Afro, Uka Acessórios, Negra Sil Acessórios, Pretart’s, Aury Félix Acessórios e Ofanish.

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Coordenadora de Projetos da Fábrica Cultural, Maylla Pita afirma que a aproximação entre a instituição e o evento foi bem natural. Ela explica que o Afro Fashion Day é uma grande vitrine para marcas negras do campo da moda, na área de acessórios e vestuário. “A nossa missão nesse processo foi conectar os empreendedores a essa grande vitrine e espaço de reconhecimento”, detalha.

Segundo Maylla, o empreendedorismo negro por si só não consegue caminhar sozinho e é importante que o mercado como um todo passe por uma mudança de mentalidade para que esses empreendedores, que, muitas vezes, abrem seus negócios mais por necessidade do que por um sonho de empreender, consigam ter suas realidades sociais transformadas. 

“Eu penso que a gente precisa dialogar para fortalecer e estimular o desenvolvimento. Precisamos dialogar com instituições como a Vale do Dendê, AFD, Afropunk, instituições e eventos coletivos que atuam no mesmo propósito que nós: contribuir com o desenvolvimento desses negócios, abrir espaços de visibilidade para escoar as produções de marcas negras na cidade. Somos uma rede e precisamos nos fortalecer enquanto rede”, declarou a coordenadora.

Em seu oitavo ano de realização, o Afro Fashion Day vai retornar ao modelo presencial. As duas últimas edições foram virtuais: Fashion Film (2020) e desfile gravado (2021). O evento é aberto ao público, que terá acesso livre à sua programação. O projeto de moda celebra o mês da Consciência Negra destacará mais uma vez a produção de estilistas, marcas e designers de acessórios baianos e o talento de modelos pretos em um megadesfile coletivo que, nesta edição, terá a capoeira como tema. 

Marcado para acontecer a partir das 18h, no Terreiro de Jesus o desfile contará com um elenco de cerca de 100 pessoas, entre modelos, capoeiristas e outros convidados, destacando o tema em um show de moda e arte. Os 75 looks que serão apresentados foram criados por 43 marcas e estilistas baianos, uma franco-camaronesa e um coletivo de acessórios. Parte dos calçados será Melissa. Todos os modelos serão maquiados com produtos Vult, marca apoiadora do AFD 2022. 

O desfile será um espetáculo que mesclará moda e arte através de intervenções artísticas, sob a direção de Gil Alves, entre elas a apresentação do Projeto Golfinho, apoiado pela Suzano. Trata-se de jovens, filhos de pescadores vindos do município de Mucuri que participam de atividades culturais, como a capoeira, tema do evento.

Duas vitrines do TikTok, marca patrocinadora do evento, serão montadas no circuito do desfile para que o público interaja e crie seus próprios conteúdos.

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