Secretaria de Saúde cria grupo de trabalho sobre sífilis

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reuniu, nesta sexta-feira (12), na sede da SMS, representantes de diversos serviços da rede municipal para a criação de um grupo de trabalho sobre sífilis. O grupo irá atuar na prevenção da doença de forma mais direta e direcionada.

De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica da SMS, neste ano já foram registrados 530 novos casos de sífilis em residentes da Capital. Desse total, 360 casos são de sífilis adquirida, 122 em gestantes e 48 casos de sífilis congênita (passada de mãe para filho durante a gestação). Em 2023, 1.790 pessoas descobriram estar com a doença.

“O GT da Sífilis acompanhará toda a assistência para a sífilis ofertada na rede, desde a realização do teste, o tratamento, que é a penicilina, até a cura daquele paciente. Além disso, é o grupo que será responsável por realizar capacitações para os demais profissionais de seus territórios, por isso temos representantes de todos os serviços da Rede Municipal de Saúde. Essas capacitações vão desde orientar o fluxo do atendimento, como formas de tratamento para cada grupo e o que possa envolver essa assistência”, explica a gerente de Vigilância Epidemiológica, Daniele Melo.

O Grupo de Trabalho da Sífilis se reunirá mensalmente para acompanhamento dos resultados, debate das situações identificadas e até traçar estratégias e desenvolver ações direcionadas para a prevenção da doença. O grupo é administrado pela Gerência de Vigilância Epidemiológica e pelas coordenações das áreas técnicas de Infecções Sexualmente Transmissíveis e Sífilis e composto pelas áreas técnicas de saúde da mulher e de saúde do homem, além das referências epidemiológicas dos distritos sanitários, policlínicas e hospitais municipais.

Sífilis – É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto.

A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto infectado como pode ser transmitida para o bebê durante a gestação. O acompanhamento das gestantes durante o pré-natal, além dos parceiros sexuais é fundamental. 

“A maioria das pessoas com sífilis são assintomáticas, mas podem apresentar sintomas como o surgimento de uma úlcera, geralmente única e indolor, além de linfadenopatia (que se chama popularmente de íngua) que desaparecem em semanas sem qualquer tratamento. É uma doença que tem tratamento e cura, mas quando não tratada, a sífilis pode evoluir para formas mais graves, comprometendo especialmente os sistemas nervoso e cardiovascular. Nos casos em que acomete gestantes pode levar ao abortamento, má formação fetal e sífilis congênita, que trará diversas comorbidades à criança”, explica Janaina Medeiros, técnica do agravo da sífilis.

Para diagnóstico da sífilis, a SMS oferta, por demanda espontânea, o teste rápido em todas as Unidades de Saúde da Família (USF) e no SAE/CTA, localizado em prédio anexo à Policlínica Municipal de Jaguaribe. Caso o teste dê positivo, o tratamento com a penicilina é realizado na unidade de referência do paciente.

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