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Pra nós e pro turista: conheça agenda da 16ª Primavera dos Museus em Salvador – Jornal Correio

Cinco espaços, seis meses e muitas possibilidades. A Prefeitura de Salvador anunciou nesta segunda (5) a sua programação na 16ª edição da Primavera dos Museus, temporada anual de eventos coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), com o objetivo de divulgar e valorizar os museus brasileiros e incentivar a visitação.

Os espaços são a Cidade da Música da Bahia (Comércio), A Casa do Rio Vermelho, Casa do Carnaval da Bahia (Pelourinho), Espaço Pierre Verger de Fotografia Baiana e Espaço Carybé de Artes (Forte de Santa Maria/Barra). A programação de cada um deles foi definida mensalmente por temas pela Via Press, empresa vencedora da licitação para a gestão dos equipamentos culturais. 

As ações foram apresentadas ontem, em um evento no restaurante Mãe, no Pelourinho, com presença do subsecretário de Cultura e Turismo, Erico Mendonça; de Elaine Hazin, CEO da Via Press; e de Fernando Guerreiro, presidente da Fundação Gregório de Mattos.

As atividades já começam este mês e seguem até fevereiro. Um plus é que o próprio Restaurante Mãe, que fica na Casa do Carnaval, também vai participar das atividades. Elaine Hazin explica que cada  mês será regido por um tema, que será majoritário, mas pode variar, a depender do espaço.  Por exemplo: em setembro, a Casa do Rio Vermelho, a Casa do Carnaval e os espaços Pierre Verger e Carybé são influenciados pela primavera, enquanto a Cidade da Música vai celebras seu primeiro aniversário. 

Em outubro, o Dia das Crianças toma conta dos espaços que funcionam no Rio Vermelho, Barra e Pelourinho. Já o equipamento cultural do Comércio vai celebrar  os 55 anos da Tropicália. Em novembro, Todos os Santos dão o tom da programação da Casa do Rio Vermelho, e o Mês da Consciência Negra inspira as ações nos demais espaços.

Em dezembro, o Natal é o tema das ações na casa que foi de Jorge Amado e Zélia Gattai e nos museus que homenageiam Carybé e Pierre Verger; a Cidade da Música fará uma  homenagem especial ao maestro Letieres Leite, um dos maiores músicos do Estado, que completaria 63 anos no dia 8 de dezembro; e na Casa do Carnaval o tema será a chegada das festas populares. 

Abrindo 2023, Brinquedos e sapos inspiram a Casa do Rio Vermelho; os blocos afros são homenageados no espaço do Pelourinho e os Novos Baianos ganham homenagem no Comércio. Ao mesmo tempo, as festas populares chegam aos equipamentos culturais da Barra.   Em fevereiro, O País do Carnaval, uma das obras de Jorge Amado, é o tema central das ações da casa onde o escritor morou. Os trios elétricos ganham destaque na Casa do Carnaval, enquanto que na Cidade da Música o tema é O Carnaval em Cada Esquina. Nos museus da Barra, Iemanjá será  celebrada em seu mês. “Montamos uma programação com o sentimento de dar vida aos espaços, pensando em cultura e arte pulsando em cada espaço hoje. Esse é o propósito da programação. Cada mês, há um tema em cada espaço cultural”, explicou Elaine.

Ela complementa: “Dentro das ações de cada espaço, temos oficinas criativas. Aqui na Casa do Carnaval tem aula de dança no terraço e teremos o Cine Carnaval, porque temos duas boas salas de projeção. Já na Cidade da Música teremos apresentações, bate-papo, batalhas musicais. No Rio Vermelho, na Casa de Jorge e Zélia, vamos dar muito espaço à programação infantil, por ser um espaço muito legal pra isso e sentimos carência dessas atividades por aqui. A ideia é aproveitar o potencial de cada espaço”, detalhou.

 Fernando Guerreiro, Erico Mendonça e Elaine Hazin apresentam as ações para os espaços culturais da prefeitura (Foto: Paula Fróes)

Força no Turismo

A titular da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Andrea Mendonça, vê na programação a oportunidade de ampliar o acesso de soteropolitanos aos espaços, bem como um atrativo para o setor de turismo na capital.

“Essa ação chega como reforço para que os moradores e visitantes possam visitar os equipamentos culturais. Nossa intenção é aumentar o fluxo turístico interno, estimulando a circulação de pessoas em nossa cidade e, consequentemente, melhorar ainda mais o índice do setor na capital soteropolitana”, afirmou a executiva. 

De acordo o Booking.com, Salvador está entre os destinos mais reservados para passar o feriado da Independência, e ainda foi citada pela revista Condé Nast Traveller, de Londres, como o melhor destino para passar o Natal em 2022. 

Todas essas ações e números fazem com que a cidade atraia pessoas de fora. Subsecretário, Erico Mendonça afirmou que é necessário ter estrutura para acolher – e trazê-las de volta num futuro próximo.

Fernando Guerreiro falou sobre a importância de cativar os ‘nativos’, por eles serem responsáveis por apresentar espaços e toda a cidade para quem vem de fora.

 “Esse conceito de espaço existe a partir de uma dinâmica. A ideia de museu foi ressignificada. Está ligado também ao presente. Eles se transformam em espaços quando a gente gera atividades e precisamos trazer o soteropolitano para esses espaços. Quando o turista vem, é porque alguém traz. E normalmente quem traz é o baiano. Esses espaços precisam fazer parte do dia-a-dia da cidade”, destacou Guerreiro.

Conheça os 5 espaços

Cidade da Música (Foto: Betto Jr/Divulgação)

Cidade da Música da Bahia (Comércio) Construído em 1850, o antigo Casarão dos Azulejos Azuis foi reformado e agora é um espaço dedicado à história da música baiana. Os quatro andares do prédio abrigam um estúdio de gravação, karaokê, café, biblioteca e uma lojinha com os souvenirs, além de um acervo audiovisual de mais de mil horas, com depoimentos de músicos e pesquisadores. O visitante vai conhecer a diversidade da música do estado, que já revelou artistas dos mais diversos gêneros: no samba, Batatinha e Riachão; no rock, Pitty e Raul Seixas; no axé, Ivete e Daniela; na música romântica, Pablo do Arrocha; no ijexá, o Filhos de Gandhy e na bossa, João Gilberto.  O espaço tem curadoria e concepção do antropólogo Antônio Risério e do artista Gringo Cardia, que é também responsável pelo design e cenografia. Funcionamento: Terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até 17h). Agendamento no site. Valor: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).Casa do Carnaval da Bahia (Pelourinho) O museu da folia tem maquetes, roupas e instrumentos emprestados por artistas, fotos e documentos históricos e duas salas de projeção. Várias vídeos também fazem parte do acervo e cada visitante faz sua “viagem” pela casa de forma particular, com o uso de fones de ouvido. Além disso, o museu tem um livro com textos sobre a festa, organizados pelo pesquisador e atual reitor da Ufba, Paulo Miguez. Antes, o imóvel abrigava a antiga Casa do Frontispício, tendo sido restaurado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para receber o museu, que teve um investimento de aproximadamente R$ 6 milhões da Prefeitura. Na visita, não deixe de ver a roupa que Carla Perez usou na capa de um dos álbuns do É o Tchan, de 1996.Funcionamento: Terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até 17h)Valor: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)A Casa do Rio Vermelho (Rua Alagoinhas) A casa onde o casal de escritores Jorge Amado e Zélia Gattai viveu foi transformada em museu em 2014, depois de passar 11 anos fechada. Ali, o visitante vai conhecer um pouco da intimidade dos dois intelectuais e poderá visitar ambientes como o quarto onde eles dormiam. O banco de Zélia e Jorge, onde eles namoravam no jardim, é com mosaico de azulejos, mantido em seu desenho original. Tem outro banco ao lado do jambeiro. Maria João, neta do casal, garante que os frutos são muito saborosos: não à toa, quando criança, ela os disputava com os micos. “Conheço aquela casa do chão ao teto. Subi em todas as árvores, aprendi a nadar naquela piscina e fui a muito almoço lá nas ‘domingueiras’, quando eles recebiam os amigos”. Ali, entre as árvores, estão as cinzas de cremação de Zélia e Jorge.Funcionamento: Terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até 17h).Valor: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Gratuito às quartas-feirasEspaço Pierre Verger de Fotografia Baiana (Barra) O espaço homenageia o fotógrafo e antropólogo francês Pierre Verger e a história da fotografia baiana, destacando mais de 100 fotógrafos que realizaram seu trabalho no estado. O ambiente apresenta fotos de diferentes épocas, lado a lado, para uma visão ampliada da história desta arte. Com projeções e telas interativas, é possível ver mais de três mil fotografias que retratam ruas e bairros de Salvador, rituais de cultos afrobrasileiros, cenas cotidianas e imagens de cidades do interior da Bahia. Há preciosidades como uma foto tirada por Verger de Mãe Senhora, uma das mais importantes ialorixás da história do Brasil, que comandou o terreiro Ilê Axé Opô Afonjá.Funcionamento: Quarta a segunda, das 10h às 18h. Valor: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Ingresso dá direito a ver o Espaço Carybé. Gratuito às quartasEspaço Carybé das Artes (Forte de São Diogo, Barra) Este é um centro tecnológico de referência da vida e obra de Carybé, artista argentino que se apaixonou pela Bahia. Por meio de recursos de mídia e realidade virtual, as obras dele são apresentadas nas mais variadas técnicas e linguagens artísticas, como o gradil do MAM, os murais da Assembleia Legislativa da Bahia, Hotel da Bahia e TCA, os painéis em madeira no Museu Afro-Brasileiro, além de xilogravuras, telas, aquarelas. Através de totens e computadores, o acervo exibe mais de 500 das suas criações, permitindo um contato lúdico com elas. Num dos espaços, os personagens de Carybé ganham vida em 3D e são controlados pelo visitante.Funcionamento: Quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até 17h).Valor: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Ingresso dá direito a ver o Espaço Pierre Verger. Gratuito às quartas.

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