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O Brasil simples e feliz de Jair Rodrigues – Jornal Correio

Será que o cantor Jair Rodrigues era tão feliz quanto demonstrava em shows e aparições públicas? Para Rubens Rewald, diretor do documentário Jair Rodrigues: Deixa que Digam, era sim. No filme que estreou este fim de semana nos cinemas, o cineasta faz esta pergunta a familiares, músicos e contemporâneos do artista paulista, e todos dizem que nunca o viram triste ou sem esperança. 

A personalidade efusiva e o talento musical são as duas características que se destacam no filme, confirmando os depoimentos, que vão do rapper Rappin’ Hood ao veterano produtor e pesquisador Zuza Homem de Mello (falecido em 2020, pouco depois da gravação), passando por artistas como Hermeto Pascoal e Roberta Miranda, que em momentos diferentes tiveram presentes na vida de Jair Rodrigues.  

O filme consegue fazer um bom retrato da vida de Jair Rodrigues, embora se perca no excesso de depoimentos, alguns muito longos, como os dos últimos músicos que tocaram com ele. Jair teve uma vida difícil antes do estrelato. Ele nasceu em 1939 em um canavial de Igarapava (SP) e trabalhou na roça até os 10 anos. Foi engraxate e alfaiate e chegou a fazer dupla sertaneja com seu irmão, tornando-se Jair e Jairo.

Foi descoberto na noite paulistana, atuando como crooner de boates – e logo identificado com o samba e a MPB. O filme mostra momentos marcantes como sua fase como apresentador no programa Fino da Bossa, ao lado de Elis Regina, depois do show Dois na Bossa, de 1965. E conta a história de hits como Deixa Isso Pra lá, de Alberto Paz e Edson Menezes – que foi recusada por Wilson Simonal; Disparada, de Geraldo Vandré e Theo de Barros e Sabiá, de Roberta Miranda. 

A atuação política (ou a falta dela) e a militância negra de Jair Rodrigues são dois temas que aparecem do filme. “Jairzão não era um artista que se mostrou militante, mas nas entrelinhas, militava”, defende Rappin’ Hood.  Já o o músico e pesquisador Salloma Salomão diz que nos anos 70 não era possível ter um “ativismo contundente”.  ”Os negros aprenderam a dosar o seu sentimento em relação ao racismo e alguns criaram arquétipos ou personagens”, afirma .

O doc também aborda o lado pessoal do cantor, em imagens íntimas ao lado do filho, Jairzinho, enquanto compunham juntos, e em shows com a participação de Luciana Mello. A viúva Claudine Rodrigues também dá um depoimento emocionado sobre a longa relação do casal. Em cartaz no Cine Metha Glauber Rocha, 17h20.   

Belchior – Apenas um Coração Selvagem estreia no Globoplay (Foto: Divulgação)

Filme apresenta autorretrato sensível de Belchior

Para quem gosta da dobradinha música + documentário, outra boa pedida é Belchior – Apenas um Coração Selvagem. Depois de passar em grandes mostras, como o In-Edit e o É Tudo Verdade, o longa chega neste domingo (30) no catálogo do Globoplay – dia em que se completam seis anos da morte de Belchior.

O principal diferencial do documentário dirigido por Natália Dias e Camilo Cavalcanti – com roteiro dos dois e de Paulo Henrique Fontenelle – é trazer o próprio Belchior contando sua história. O cantor e compositor cearense fala através de entrevistas e passagens de sua vida pela mídia, além de trechos de shows, clipes e festivais de música. 

O único convidado é o ator Silvero Pereira, que recita algumas obras marcantes  de seu conterrâneo. “Foi uma honra imensa fazer parte desse projeto. Venho estudando Belchior há alguns anos e essa experiência de recitar as canções foi bem interessante para minha percepção das letras para além do cantar. Me identifico com muitas de suas canções porque acho seu trabalho atemporal no sentido político, afetivo e artístico”, afirma Silvero.

O filme foi iniciado em 2016, com Belchior ainda vivo. A ideia dos autores era entrevistá-lo, mas o destino mudou os rumos do projeto, que teve de se adaptar. “Esse é um filme em primeira pessoa onde ele conta sua história e onde a gente se depara com uma genialidade, uma crueza de como ele lidava com a sua própria carreira”, afirma Camilo Cavalcanti.  

A opção fez do filme um autorretrato sensível, com Belchior refletindo sobre sua maneira de se enxergar no mundo e relação com a arte, política, público e imprensa, entre outros temas. “Toda a música da minha geração foi transformadora, de resistência, com uma nova linguagem, que, nos limites da arte, tentou apresentar uma face nova para o Brasil”, destaca o artista, sempre com muita sinceridade. Globoplay 

Espetáculo Me Brega, Baile!: convite à dança (Foto: Cássio Conde/Divulgação)

Dia da Dança com o  espetáculo Me Brega, Baile!

Para marcar o Dia Internacional da Dança, comemorado em 29 de abril,  o grupo Casa 4 revisita o espetáculo Me Brega, Baile! – um dos sucessos de seu repertório. As apresentações acontecem sábado e domingo, às 19h, no Teatro Gregório de Mattos, na Barroquinha. 

Pioneiro em trabalhos cênicos de dança de salão formados por pessoas LGBTQIA+, o grupo montou o espetáculo a partir de desejos de dançar a dois e para questionar a restrição de exibição de afeto entre homens. “O espetáculo se constituiu como um ambiente brega e cheio de amor para todas as pessoas que quiserem participar e dançar conosco”, conta o co-fundador do Casa 4, Alisson George,. O público é convidado a interagir e dançar junto. Ingresso: R$ 40|R$20, à venda no Sympla e na bilheteria.

Pela cidade

Moda e consciência O evento Fashion Revolution Salvador acontece neste fim de semana, com oficinas, palestra e bazar de trocas. No sábado (29), a programação será no Espaço Colabore, no Parque da Cidade, a partir das 9h30, com várias oficinas. E no domingo (30), no Shopping Rio Vermelho, onde rola bazar de trocas e a Feira Guapa – que conta também com Brechó Infantil, música, brinquedoteca e gastronomia. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público. Para participar das oficinas, é preciso se inscrever pelo link.

Jam no MAM – A música instrumental com influência jazzística volta a soar neste sábado (29)no Museu de Arte Moderna da Bahia, onde baianos e turistas que forem à JAM no MAM poderão curtir uma jam session intimista. A banda base da JAM, a Geleia Solar, formada por músicos de várias gerações, comanda o som, sempre aberto à participações especiais. A sessão neste sábado começa às 18h e os ingressos, que custam de R$ 5 a R$ 40, podem ser adquiridos exclusivamente on-line, através da plataforma Bilheteria Virtual.

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